Em junho de 2021 o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou um novo procedimento após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), levando em consideração aspectos como eficácia, acurácia, efetividade e a segurança, além da avaliação econômica.
Desde então, os pacientes que sofrem de estenose aórtica grave podem contar com uma nova opção de tratamento gratuito, o implante percutâneo de válvula aórtica transcateter (TAVI), que garante um tratamento menos invasivo e dispensa a permanência do paciente em UTI.
Continue a leitura e saiba mais sobre este procedimento e como ter acesso a ele através do SUS.
A estenose aórtica grave é basicamente um estreitamento que dificulta a abertura da válvula aórtica para a passagem de sangue, podendo causar insuficiência cardíaca, síncope (desmaio causado pela insuficiência de sangue oxigenado) e até morte súbita. A doença afeta principalmente pessoas com mais de 70 anos, sendo que os riscos aumentam com o avanço da idade.
O TAVI é um procedimento minimamente invasivo, o qual permite fazer uma correção nesta abertura. Durante o procedimento é implantada uma válvula que permite restabelecer o volume normal de passagem do fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo para a aorta.
Neste procedimento, o implante da prótese é realizado através de punções na virilha. A prótese é guiada por um cateter através da aorta, sob visão de radioscopia e ecocardiografia, até ser posicionada no anel aórtico.
Em junho deste ano o procedimento foi incorporado pelo SUS, possibilitando ao paciente o acesso ao tratamento de forma gratuita.
Entretanto, no momento atual, a indicação do implante percutâneo de biopróteses aórticas é restrita a um grupo seleto de pacientes que, por ser de idade avançada (acima de 65 anos) e ter comorbidades associadas, são considerados inoperáveis, pois têm contra indicação ou risco elevado para o tratamento cirúrgico convencional. Para eles, a abordagem por cateter tem elevada chance de sucesso e reduz a taxa de mortalidade quando comparada àquela esperada com o tratamento cirúrgico.
Vale ressaltar que o procedimento também deverá ser coberto pelo plano de saúde, caso exista a indicação médica para o tratamento.
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