Em junho de 2021 o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou um novo procedimento após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), levando em consideração aspectos como eficácia, acurácia, efetividade e a segurança, além da avaliação econômica.
Desde então, os pacientes que sofrem de estenose aórtica grave podem contar com uma nova opção de tratamento gratuito, o implante percutâneo de válvula aórtica transcateter (TAVI), que garante um tratamento menos invasivo e dispensa a permanência do paciente em UTI.
Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura e saiba mais sobre este procedimento e como ter acesso a ele através do SUS!
O TAVI é um procedimento minimamente invasivo, o qual permite fazer uma correção na abertura da cirurgia. Durante o procedimento é implantada uma válvula que permite restabelecer o volume normal de passagem do fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo para a aorta.
O TAVI é um procedimento indicado para a estenose aórtica grave, é basicamente um estreitamento que dificulta a abertura da válvula aórtica para a passagem de sangue, podendo causar insuficiência cardíaca, síncope (desmaio causado pela insuficiência de sangue oxigenado) e até morte súbita.
A doença afeta principalmente pessoas com mais de 70 anos, sendo que os riscos aumentam com o avanço da idade.
Neste procedimento, o implante da prótese é realizado por meio de punções na virilha. A prótese é guiada por um cateter através da aorta, sob visão de radioscopia e ecocardiografia, até ser posicionada no anel aórtico.
O procedimento de TAVI é indicado para pacientes com estenose aórtica severa que não são candidatos ideais para a cirurgia de troca de valva aórtica convencional. As principais indicações de saúde para realizar o TAVI incluem:
A decisão de realizar o TAVI é tomada após uma avaliação cuidadosa pelo cardiologista e equipe médica, que considera os riscos e benefícios individuais para cada paciente.
Em junho de 2021 o procedimento foi incorporado pelo SUS, possibilitando ao paciente o acesso ao tratamento de forma gratuita.
E, em 11 de abril de 2024, o Diário Oficial divulgou a Portaria GM/MS Nº 3.414, que disponibiliza a técnica que irá beneficiar centenas de pessoas que precisam do tratamento para a estenose aórtica.
Entretanto, atualmente, a indicação do implante percutâneo de biopróteses aórticas é restrita a um grupo seleto de pacientes que, por ser de idade avançada (acima de 65 anos) e ter comorbidades associadas, são considerados inoperáveis, pois têm contra indicação ou risco elevado para o tratamento cirúrgico convencional.
Para eles, a abordagem por cateter eleva chance de sucesso e reduz a taxa de mortalidade quando comparada àquela esperada com o tratamento cirúrgico.
Vale ressaltar que o procedimento também deverá ser coberto pelo plano de saúde, caso exista a indicação médica para o tratamento.O Escritório de Advocacia Gregoire Gularte é especialista em Direito à Saúde e pode orientá-lo em casos relacionados às negativas do tratamento. Entre em contato e esclareça suas dúvidas!